Sindicato relata dificuldade em acessar dados oficiais de professores infectados por covid-19 nas escolas da capital
postado em 13/06/2022
O Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) reclama a falta de transparência da Subsecretaria de Segurança e Saúde no Trabalho (Subsaúde) sobre o número de professores contaminados pelo coronavírus nas escolas públicas. De acordo com a entidade de classe, até o momento não houve resposta à solicitação feita na última sexta-feira (10), por meio de ofício.
Com a alta de casos na comunidade escolar, a Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) voltou a recomendar o uso de máscaras dentro das escolas públicas e privadas do Distrito Federal, segundo nota divulgada pelo Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE).
De acordo com nota divulgada pelo sindicato, o acesso aos dados serve de base para comunicar as necessidades existentes à Secretaria de Educação, além de endossar a solicitação de medidas visando a proteção da comunidade escolar.
A diretora do Sinpro-DF, Luciana Custódio, afirma que essa falta de transparência dificulta a elaboração estratégica para conter a calamidade sanitária na rede de educação do Distrito Federal, que atingiu o índice de 1,80 em 10 de junho.
Segundo ela, o sindicato recebe diversas denúncias de profissionais infectados nas escolas, porém não é possível divulgar essas informações, uma vez que não são dados oficiais.
Luciana Custódio lembra que, na tentativa de conter o avanço dos casos nas escolas, o sindicato retomou a campanha de conscientização dos cuidados contra a doença nas escolas, com a recuperação de cartazes usados no início da volta às aulas presenciais no DF.
Sem essa parceria entre Secretaria de Educação e Subsaúde com o sindicato, ainda segundo ela, o Sinpro-DF pode voltar a adotar um discurso favorável ao retorno do ensino remoto nas escolas. “Não queremos voltar com o movimento de ensino remoto mas, se o descaso se perpetuar, não teremos outra alternativa a não ser defender esse retorno”, afirma.
Procurada pela reportagem, a Subsaúde não respondeu aos questionamentos até a publicação desta matéria.