Missão de empresários, advogados, contabilistas e gestores de fundos de investimentos percorre país europeu e mapeia oportunidades em território luso, porta de entrada para a União Europeia
postado em 10/02/2023 18:10
Lisboa — Um grupo de 33 empresários, advogados, contabilistas e gestores de fundos de investimentos oriundos do Brasil percorreu Portugal em busca de oportunidades de negócios. Ao longo de uma semana, eles visitaram os principais centros urbanos do país europeu e constataram as vantagens não só de fechar parcerias com empreendedores locais, mas, também, de tirar do papel projetos em áreas como construção civil, educação, saúde, meio ambiente e tecnologia da informação. A percepção é de que Portugal tem muito a agregar, seja pelo seu mercado de 10 milhões de cidadãos, seja por ser a porta de entrada para a União Europeia, com seus quase 500 milhões de consumidores.
“Há uma demanda crescente por investimentos e mão de obra em Portugal. O país está estrategicamente posicionado, tem uma ótima infraestrutura, com bons aeroportos e um porto, segurança e uma língua que facilita”, disse Daniel Coêlho, presidente da Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Fenacon). Não por acaso, acrescentou ele, grandes corporações decidiram se instalar em território luso nos últimos anos. “Em relação aos demais países europeus, Portugal ainda tem um custo baixo para empreender, sem falar em um sistema tributário mais simplificado e bons serviços públicos de saúde e educação”, ressaltou.
Segundo Guilherme Tostes, dono da Organização Contábil Adelino Motta, um terço dos integrantes da comitiva organizada pela Fenacon nunca havia pisado em Portugal. Os outros dois terços tinham uma visão limitada, mais voltada para o turismo. “Posso dizer que, agora, os 100% dos participantes estão com outra imagem do país europeu, que é a ponta de lança da União Europeia, com todo o seu potencial de negócios”, assinalou. Ele contou que, ao longo da semana em que transitaram por Lisboa, Porto, Braga e Matosinhos, foram fechados negócios nos setores da construção civil e de educação e várias negociações estão em andamento. “Encontramos um bom ambiente de negócios, com oferta de fundos públicos europeus para investimentos”, emendou.