Sul-Americano de Wakesurf terá disputa de família na capital federal

Competição neste fim de semana, realizada no Lago Paranoá, terá uma história de pai e filho, multicampeões no esporte, em disputa

postado em 02/03/2023 14:38

A 18ª edição do Campeonato Sul-Americano de Wakesurf tem um enredo especial em família. No Lago Paranoá, à beira da Ponte JK, pai e filho participam da competição entre sexta-feira (3/3) e domingo (5/3). Aldrick Muggler, de 46 anos, e Dahvi Muggler, de 15 anos, habitantes da cidade-sede do torneio, se encontrarão em baterias em comum, sendo cotados como favoritos pelo título.

Esta consideração vale pelo bom currículo de ambos, apesar desta ser a estreia em um certame continental. Juntos, os familiares somam quatro conquistas nacionais, variando em títulos de base, dois no caso do adolescente, mais um na categoria amadora, e em um bom repertório do experiente surfista, campeão nacional e gaúcho no wakefoil, em uma prancha distinta, com uma nadadeira como suporte, mas com os mesmos objetivos radicais.

Aldrick sempre foi fanático de modalidades de alta adrenalina, conheceu o esporte quando se mudou para Brasília, em 2004, após mais de uma década e meia esquiando na Suíça. A prancha lhe fez falta e as águas da capital federal mostraram um novo motivo para sentir grandes emoções. “Nunca fui ligado a futebol e outros esportes com bola. Desde pequeno praticava esportes como surf, snowboard e skate e quando vim morar na capital tive a chance de conhecer o wakesurf”, explica.

Dahvi, por sua vez, seguiu os passos durante toda a jornada de crescimento. O jovem atleta já está há uma década realizando manobras sob o incentivo paterno. “Ele sempre me influenciou a gostar de esportes radicais, desde de pequeno sempre gostei de adrenalina. Normalmente treinamos três vezes na semana logo após a escola e também aos finais de semana”, afirma.

A relação, via de regra, conta com essa colaboração mútua. O pai sofreu um acidente em uma sessão de treinos, em 2019, tendo de passar por cinco cirurgias para reconstituir o pé direito e, assim, voltar a competir. “Foram quatro anos de muita batalha durante a minha recuperação. Dahvi quase desistiu de seguir no esporte, pois não gostava de treinar sem mim na água”, explica Aldrick.

Agora, a dupla se soma a mais de 70 competidores do Brasil e da América Latina para tentar vencer e trazer o título para casa, literalmente. “Nós trabalhamos e treinamos bastante e as expectativas são as melhores possíveis, esperamos uma dobradinha, seria algo mágico”, diz o pai.