Anúncio foi feito em reunião da governadora em exercício, Celina Leão, com secretários do GDF e deputados distritais, que se comprometeram a destinar emendas parlamentares para a realização de cirurgias eletivas
postado em 04/02/2023 06:00
Saúde e segurança pública foram foco de debate da última reunião entre a governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão, e 23 deputados distritais, que aconteceu nesta sexta-feira (3/2) na Residência Oficial de Águas Claras (ROAC). Ficou acordado que todos os distritais vão disponibilizar R$ 1 milhão em emendas parlamentares para que seja possível realizar um mutirão de cirurgias eletivas. A ideia é diminuir as filas pela metade. Atualmente, há um total de 30.418 pacientes aguardando por esse tipo de procedimento no Distrito Federal.
“Vamos enviar, imediatamente, um crédito para a CLDF para que o recurso seja redirecionado com participação de todos os deputados distritais. O secretário de Planejamento (Ney Ferraz Junior) vai repassar um crédito e os deputados vão realocar os recursos”, explicou Celina. De acordo com a secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio, algumas especialidades são mais demandadas, como urologia, oftalmologia e proctologia. “Fila cirúrgica é um problema nacional, não é exclusivo do DF. O Ministério da Saúde agora tem uma pauta de ação rápida para que todos os estados construam planos regionais para enfrentar essa fila e essa construção será possível com esse aporte de emendas”, afirmou a secretária.
Outro gargalo que o GDF pretende resolver para reduzir a espera de quem precisa do sistema de saúde público é a falta de médicos anestesistas. “Há um déficit no DF e no Brasil de médicos anestesistas, mas temos outros caminhos para contratação e vamos lançar mão de todos. Temos 1.236 servidores que serão nomeados segunda-feira e, neste rol, temos 124 anestesiologistas. Esperamos que todos desejem vir compor os quadros da secretaria e, a partir daí, veremos quais serão as próximas medidas a serem tomadas”, disse Lucilene Florêncio.
A secretária esclareceu ainda que as filas de cirurgias eletivas ficaram paradas por um tempo, entre outros fatores, devido à pandemia da covid-19, mas que, agora, será dado o andamento. “Vamos fazer o projeto básico, estudo técnico preliminar, vamos fazer o controle social, fazer a exposição de motivos. Já temos a expertise, já fizemos para quatro especialidades. Com uma agenda menos tensionada da covid, vamos impulsionar os outros temas e as cirurgias são um tema importante para o Brasil e para o DF”, destacou.
Lucilene Florêncio acrescentou que hoje há um complexo regulador onde os pacientes são classificados por gravidade e tempo de inserção. “Vamos fazer uma checagem dessa lista, fazer o contato e os pacientes com maior gravidade e maior tempo de fila serão chamados”, concluiu.