Ministro das Relações Institucionais orientou aos líderes do governo na Câmara, no Senado e no Congresso a apoiarem a instalação da CPMI dos ataques de 8 de janeiro. Segundo ele, o vazamento das imagens criou uma nova situação política
postado em 20/04/2023 11:50
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta quinta-feira (20/4) que orientou os líderes do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), do Senado, o senador Jaques Wagner (PT-BA), e Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), a apoiarem a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar os atos golpistas de 8 de janeiro casa haja a leitura da instalação na próxima semana no Congresso.
“Na nossa opinião, o vazamento das imagens cria uma nova situação política e, por conta disso, orientamos os líderes, no diálogo com os líderes dos partidos que compõe a base, a afirmarem que, caso a sessão do Congresso na próxima semana tenha a leitura da instalação da CPMI do 8 de janeiro, nós apoiaremos a instalação. Vamos orientar líderes a indicar membros”, relatou a jornalistas no Palácio do Planalto.
Para o ministro, a instalação da comissão será uma “pá de cal” na tentativa de parlamentares da oposição de culpabilizar integrantes do atual governo pelos ataques terroristas. “Vamos fazer o enfrentamento político. Será a pá de cal nessa tentativa de criar uma teoria terraplanista sobre o 8 de janeiro”, completou.
Sobre a demissão do general, Padilha disse que a CPMI tem como missão facilitar a defesa das acusações. “Vídeos vazados e editados não comprometerão a imagem do Gonçalves Dias”, alegou.
Ontem, o então ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, pediu demissão. A decisão ocorreu após vazarem imagens dele e de agentes da pasta interagindo com os golpistas no dia dos atos terroristas de 8 de janeiro.
O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, ex-interventor federal no DF, assumiu o Gabinete de Segurança Institucional, de maneira interina. Ele deve ficar no cargo até a escolha de um nome definitivo para o posto.