Desde 2014, o Ministério da Saúde tornou lei o Protocolo de Avaliação do Frênulo da Língua em Bebês, mais conhecido como “Teste da Linguinha”
postado em 23/04/2023 14:54
Quando os ex-participantes do Big Brother Brasil Viih Tube e Eliézer contaram que a filha recém-nascida, Lua, precisou fazer uma cirurgia de frenectomia na primeira semana de vida, muita gente se assustou com o termo. Em termos mais gerais, esse procedimento é extremamente comum e evita que a criança tenha a língua presa.
Exatamente por ser simples e fácil de fazer, porém, o tema é alvo de discussão entre os médicos: alguns defendem que o diagnóstico pode ser muito precoce e sem o devido cuidado ao avaliar a necessidade da intervenção. A cirurgiã odonto-pediátrica Fabiana Pimentel explica que o procedimento consiste em um pequeno corte na membrana excedente que estiver abaixo da língua (causando a língua presa) ou no lábio superior, entre os incisivos (causando diastema, um espaço maior que o comum entre os dentes superiores da frente).
Desde 2014, o Ministério da Saúde tornou lei o Protocolo de Avaliação do Frênulo da Língua em Bebês, mais conhecido como “Teste da Linguinha”, realizado em maternidades logo após o nascimento. Todavia, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) entrou com um pedido de revogação da lei em 2019, argumentando que esse teste ocasiona intervenções cirúrgicas desnecessárias e dificulta a identificação de casos mais graves. Até o momento, não houve revogação.
Para a odontopediatra, a necessidade de fazer esse tipo de diagnóstico cedo ajuda a amamentação da criança. “O que mais se conhece popularmente é a língua presa, na fala, mas essa anatomia pode fazer com que o bebê não consiga mamar direito, além de poder prejudicar a entrada do ar nos freios nasais, atrapalhando a respiração, e ocasionar um uso posterior de aparelhos dentários”, afirma.