A cerimônia de encerramento da 24° edição do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica), que será realizada neste domingo (18/6), contará com a participação do DJ Alok. O evento acontece das 14h às 15h30 no Cine Teatro São Joaquim, no Centro Histórico da cidade de Goiás.
Neto do cineasta José Petrillo, o músico gravou um vídeo que será exibido na cerimônia que anunciará o vencedor do Prêmio José Petrillo da mostra competitiva Washington Novaes. A honraria corresponde à premiação de R$ 10 mil pelo melhor filme eleito pelo júri de imprensa, que este ano é composto pelos jornalistas Bernardo Esteves, da Revista Piauí; Clenon Ferreira, do Jornal O Popular; e Thalys Alcântara, do Portal Metrópoles.
O Prêmio José Petrillo foi instituído no Fica em 2020 com o objetivo de homenagear um dos nomes mais importantes do cinema em Goiás. Ganhador de vários prêmios nacionais, o cineasta trabalhou pelo reconhecimento das produções goianas no Brasil, e atuou na formação de uma geração de diretores e fotógrafos de cinema. Faleceu no dia 21 de agosto de 2000, aos 82 anos.
Biografia
Nascido em Ouro Preto (MG), no dia 3 de março de 1918, Petrillo veio para Goiânia em 1963, fundando aqui a Truca – Cinema Arte e Propaganda, em 1966. A Truca exerceu forte influência no cinema goiano. Em 1970, fundiu-se à Telecine de Euclides Nery, nascendo desse casamento a Makro Filmes, que se transformaria na maior produtora do Centro-Oeste na época, produzindo filmes institucionais e de ficção e documentários para cinema.
Um dos primeiros filmes produzidos por José Petrillo foi “O Dia Marcado”, dirigido por Iberê Cavalcanti em 1970. Três anos após, produziu “O Leão do Norte”, de Carlos Del Pino, rodado em Pirenópolis. Em 1974, foi responsável pela produção de “A Lenda de Ubirajara”, dirigido por André Luiz de Oliveira na Ilha do Bananal e ganhador do prêmio de melhor trilha sonora no Festival de Cinema do Rio de Janeiro.
Entre as suas obras estão: “A Primitiva Arte de Tecer em Goiás” (1983), curta sobre as fiandeiras do interior do Estado, “Areia, Cajazinho e Alfenim” (1982), uma homenagem ao trabalho artístico de Goiandira do Couto, Marcillon e Silvia Curado, e “Cavalhadas de Pirenópolis” (1978), curta-metragem em 35mm premiado com o Troféu Candango no 11º Festival do Cinema Brasileiro de Brasília, e o mais famoso dos documentários de Petrillo.
Instituto Alok
Ao longo dos anos, através do Instituto Alok, o dj conhecido mundialmente tem apoiado as causas indígenas, além de ter sua obra influenciada diretamente pela cultura dos povos originários, como o projeto concebido em uma imersão de 45 dias, convivendo em 12 tribos diferentes. Este ano, o músico ainda anunciou que será o padrinho de parte da construção da ala de atendimento pediátrico do Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora).