A primeira-dama de Goiânia, Thelma Cruz, destacou o compromisso do prefeito Rogério Cruz em acolher e proteger crianças em situação de vulnerabilidade da capital, durante inauguração do Serviço de Acolhimento da Família Acolhedora, na manhã desta sexta-feira (23/06). O serviço visa oferecer proteção integral às crianças e adolescentes que precisam ser afastadas temporariamente da família de origem ou extensa por medida de proteção.
“O prefeito Rogério Cruz tem uma preocupação significativa em ampliar a assistência a adolescentes e crianças em situação de vulnerabilidade. Este momento é um marco importante na nossa capital, mostrando o compromisso em acolher as crianças e protegê-las de situações prejudiciais para sua saúde mental e emocional. Aqui elas receberão acolhimento regado de carinho e amor”, afirmou Thelma Cruz.
A primeira-dama lembrou da sua experiência vivendo na África ao lado do prefeito, onde conheceu serviços como o inaugurado em Goiânia e que eram de grande importância para as crianças locais. “Eu já tive experiência na África, onde acolhia crianças que haviam perdido seus pais e sei o quanto é importante proporcionar um ambiente seguro e acolhedor para elas. Muitas crianças ainda vivem abuso e maus-tratos, e nós, como poder público, estamos criando essa política para ampará-las. É fundamental e importante”, disse.
O serviço é uma modalidade de acolhimento que visa oferecer proteção integral às crianças e adolescentes que precisam ser afastadas temporariamente da família de origem ou extensa por medida de proteção.
A secretária municipal de Desenvolvimento Humano e Social (Sedhs), Maria Yvelônia, explica que Goiânia é o primeiro município do Estado a contar com um serviço nesses moldes.
“Esse é o serviço de acolhimento familiar para crianças que, por algum motivo, não podem ficar com sua família biológica. Ao invés de ficarem em acolhimentos institucionais, estamos lançando o serviço de acolhimento familiar, onde famílias cadastradas e selecionadas ficam aptas a cuidar das crianças temporariamente, enquanto se toma uma decisão judicial para o retorno à família biológica ou para a família substituta, no caso da adoção”, disse a secretária.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Social, Wellington Matos, ressaltou o trabalho desenvolvido pela secretaria municipal e disse que o governo estadual está pronto para apoiar o trabalho. “Aqui não é inauguração de placa não, gente. Aqui é um equipamento que está pronto para começar a trabalhar imediatamente. Com a sua equipe, com seus recursos próprios. Agora, o apoio do governo estadual não é apenas aquele apoio moral. Foi aprovada uma Lei que autoriza recursos por meio de co-financiamento aos municípios que implantarem o serviço. Nós seremos parceiros com recursos para que a prefeitura possa utilizá-los para aquisição de equipamentos e montagem de equipes”, diz.
Famílias
O coordenador do Serviço de Acolhimento da Família Acolhedora, José Neto, disse que a equipe é formada por dois psicólogos e duas assistentes sociais que irão receber as famílias que se cadastrarem para participar do programa. “As famílias vão passar por um processo de triagem e serão capacitadas e acompanhadas. As crianças só serão encaminhadas a partir do aval do Ministério Público para aquela família”, afirma.
A psicóloga Pollyana Barbosa observou que para se inscrever no programa como uma família acolhedora é preciso ser maior de 18 anos e residir na capital. Como o programa é uma política pública, as famílias inscritas recebem ajuda de custo para cuidar das crianças.
“A importância desse serviço de acolhimento familiar é significativa tanto para a vida da criança quanto para a vida da família acolhedora e para a sociedade como um todo. Esse serviço permite que a criança tenha vivências em diferentes culturas e aprendizados diversos, os quais ela pode reproduzir na sociedade. Para a família acolhedora, o serviço vai além de uma simples caridade, é um serviço social que tem um papel definido no Estatuto da Criança e do Adolescente”, explicou.
Pollyana afirma ainda que não há restrições quanto à composição familiar, podendo ser uma pessoa sozinha, um casal homoafetivo ou uma mãe com vários filhos. “O que importa é a vontade e a disposição de acolher aquela criança”, enfatizou.
Participaram da solenidade o deputado estadual Ricardo Quirino, vice-presidente da Família Acolhedora em Brasília, Júlia Salvane, coordenador-geral de Alta Complexidade da Secretaria Nacional de Assistência Social, Ana Angélica, coordenadora em Assistência Social da Federação das Apaes de Goiás, Rosemary Pontes, a juíza titular do Juizado de Infância e Juventude de Goiânia, Maria Socorro, titular da 3ª Defensoria Especializada da Infância e Juventude da capital, João Pedro Carvalho, presidente da Agência de Regulação de Goiânia, Hudson Novais, além dos vereadores Anselmo Pereira, Isaías Ribeiro, Edvaldo Carlos, Willian Veloso, Denício Trindade e Rafael da Saúde.