TSE retoma julgamento que pode tornar Bolsonaro inelegível; relator defendeu condenação

Tribunal discute se houve abuso de poder político em reunião com embaixadores estrangeiros meses antes da eleição. No evento, o então presidente atacou as urnas e disseminou fake news sobre o processo de votação.

Resumo

• O julgamento entra hoje no 3º dia com o voto dos demais ministros; o 1º a votar é o ministro Raul Araújo
• Na última terça, o relator da ação no TSE, ministro Benedito Gonçalves, votou para tornar Bolsonaro inelegível por 8 anos
• Para Gonçalves, ficou configurado abuso de poder político de Bolsonaro no uso do cargo. O ministro votou para absolver Braga Netto; veja o que propôs o relator
• Na sessão da última quinta, falaram as partes do processo. A defesa de Bolsonaro alegou que a reunião ocorreu antes do período eleitoral; já o MP viu manobra eleitoreira do ex-presidente
• ENTENDA: se condenado, ex-presidente ficará fora das eleições durante 8 anos

Últimas atualizações

Raul Araújo é o 1º a votar. Ministro diverge do relator e acolhe o questionamento da defesa sobre o uso da “minuta do golpe”.

Há 13 minutos

Bom dia,

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retoma nesta quinta-feira (29) o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. O caso entra no terceiro dia de sessões. A sessão está prevista para começar às 9h.

Benedito Gonçalves vota para tornar Bolsonaro inelegível por 8 anos. O ministro, relator da ação no TSE, defende ainda absolver o candidato a vice-presidente na chapa, Walter Braga Netto.

Após o voto do relator, o julgamento é suspenso e será retomado na próxima quinta-feira (29) com os votos dos outros ministros.

Ontem

Para Benedito Gonçalves, está configurado abuso de poder político no uso do cargo de presidente por Bolsonaro. Segundo ministro, houve desvio de finalidade no uso do “poder simbólico do presidente e da posição do chefe de Estado” para “degradar o ambiente eleitoral”.

Ontem

Relator analisa agora o mérito da ação. Em seu voto, Benedito Gonçalves diz que não foram encontrados slides que comprovassem envolvimento de ministérios e que, desse modo, as provas apontariam pela conclusão de que Bolsonaro foi integralmente responsável pela reunião com embaixadores.

Há 2 dias

Benedito Gonçalves vota para manter na ação a inclusão da minuta do golpe. Lembrou que a medida já teve o aval do TSE em fevereiro e que a minuta tem relação com a ação, apesar de ter vindo posteriormente