Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio do Brasil deverá fechar em queda de 4,1% em 2022, mas o Valor Bruto da Produção (VBP) deve alcançar R$ 1,3 trilhão neste ano, com aumento de 2,2% em relação ao ano passado
postado em 07/12/2022 12:18
(Crédito: Breno Fortes)
O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio do Brasil deverá fechar em queda de 4,1% em 2022, mas o Valor Bruto da Produção (VBP) deve alcançar R$ 1,3 trilhão neste ano, com aumento de 2,2% e m relação ao ano passado. As informações foram divulgadas pela Confederação Nacional do Agronegócio (CNA), nesta quarta-feira (7/12).
Entre os fatores que influenciaram a queda de 4,1% estão as incertezas com as despesas públicas e a condução da política fiscal que deve impactar os custos do setor agropecuário, sobretudo em questões tributárias. Com a alta dos juros, a CNA também espera aumento do custo de crédito para o consumo, custeio e investimento.
Cenário volátil
No mercado internacional, as previsões de desaceleração do PIB podem influenciar o comportamento das exportações brasileiras do agro no próximo ano. Também há estimativas de queda de crescimento econômico de alguns dos principais parceiros comerciais do Brasil, como China, Estados Unidos e União Europeia. O cenário seguirá volátil com as incertezas para a produção global de grãos e de insumos causados principalmente pela guerra da Rússia na Ucrânia e as dificuldades com a comercialização de fertilizantes causadas pelo conflito.
As expectativas para 2023 apontam tendência de crescimento para o próximo ano de 1,1% em relação a 2022, mostrando um ritmo mais lento de expansão, puxado pelo comportamento da pecuária, que deve ter uma receita 2,3% menor em 2023 em relação a este ano.
A estimativa para a safra de grãos 2022/2023 é de um aumento de 15,5% (ou 42 milhões de toneladas) em relação à safra 2021/2022, atingindo 313 milhões de toneladas, reflexo da elevação na área plantada, estimado em 76,8 milhões de hectares na atual safra. O destaque é para a soja, que pode chegar a 43,2 milhões de hectares, superando em 4% o ciclo anterior. A oleaginosa também deve recuperar a produtividade, favorecida pelas condições climáticas, em 17% na comparação com a safra passada e a produção deve totalizar 153,5 milhões de toneladas.