01/06/2023 06h34 Atualizado há 2 horas
Colete jeans estilizado com coração e luzes de led.
Um coração fora do peito. Esta é a visão inicial do colete produzido por estudantes do Distrito Federal durante três dias e premiado no concurso Campus Party Fashion Tech deste ano.
A peça tem um coração humano feito em uma impressora 3D que brilha quando a pessoa que veste a roupa recebe mensagens pelo WhatsApp. Desenvolvido por quatro estudantes do Instituto Federal de Brasília (IFB) e do Centro Universitário Iesb, a peça vai ser apresentada em julho na Campus Party Nacional, em São Paulo (leia mais abaixo como funciona “o coração”).
Danielle Del Rio, de 18 anos, conta que a inspiração veio do estilo e da música de Erasmo Carlos. Um dos pioneiros do rock e símbolo da Jovem Guarda, o cantor e compositor morreu em novembro do ano passado.
“Suas músicas transmitem um sentimentalismo único, o qual queríamos repassar na peça, assim, houve a ideia do coração”, diz a estudante de Tecnologia em Design de Moda do IFB de Taguatinga.
A peça também vai compor o figurino de shows da cantora Bianca Jhordão, da banda Leela. O público da artista, ao enviar um emoji de coração (🧡) pelo WhatsApp, disponível no QR Code divulgado nos shows e vai ver o coração do colete pulsando de acordo com a quantidade de mensagens recebidas.
Os fios das luzes internas de led do coração foram escondidos no interior da roupa. “Para conectar esses fios de leds é necessário uma fonte de energia, a bateria. Nesse caso, o design foi projetado estrategicamente para não ser visível. O colete possui um forro interno na parte das costas a qual a bateria fica alocada”, explica Danielle Del Rio.
Já o colete em si, surgiu a partir de uma jaqueta jeans que já era usada.
“Visando a sustentabilidade, não queríamos realizar uma roupa do zero então customizamos uma jaqueta jeans. Esse processo foi a parte mais demorada, pois envolveu: bordado, corte e costura”, conta Danielle.
Vestuário ‘wearable’
Os wearables são vestuários e acessórios tecnológicos, ou seja, roupas inteligentes, sapatos, bolsas, relógios, que utilizam tecnologia para dar mais praticidade ou um toque artístico. É quando dispositivos eletrônicos e tecnológicos são incorporados à roupa.
Segundo a professora da área de vestuário do IFB, Juliana Rangel, a união da tecnologia e da moda vem para contribuir não só com a parte artística e conceitual de uma peça, mas também com a parte funcional.
“Roupas esportivas já tem essa conectividade, de peças de vestuário com tecnologia, apple watch é wearable, relógio podemos atender, ver as mensagens, vê batimentos cardíaco, dentro dessa área esportiva pode ser usado”, diz a professora.