Data é celebrada nesta terça-feira (27). Conheça Lívia Lopes e Rebeca Viana que atualmente estão em São Paulo e defendem a seleção brasileira sub-19.
Rebeca e Lívia com as medalhas de prata pela Seleção Brasileira Sub-19
O vôlei é um esporte que contagia a torcida. A paixão, movida pelas partidas disputadas entre 12 atletas, é celebrada nesta terça-feira (27), no Dia Nacional do Vôlei, e ajuda a refletir sobre a importância da modalidade.
Responsável por mudar a realidade de jovens atletas, o vôlei do Distrito Federal tem talentos conhecidos Brasil e mundo afora. Tandara Caixeta, Paula Pequena, Leila Barros e Ricarda Lima são alguns exemplos.
Mas muitos ainda estão surgindo, como Lívia Lopes, de 18 anos, e Rebeca Viana, de 17 anos. As duas nasceram em Brasília e têm conquistado o espaço que almejam dentro do esporte – jogam em times de São Paulo e foram chamadas para defender a seleção brasileira sub-19.
O início
Rebeca Viana e Lívia Lopes
Lívia Lopes conta que começou a jogar em 2019, quando foi convidada por um professor para participar do Centro de Iniciação Desportiva (CID) do Riacho Fundo II.
“Minha altura, na época, chamou a atenção e o professor veio conversar comigo na escola em que eu estudava, dizendo que precisava de uma menina pra compor o time da cidade e que eu iria gostar”, lembra Lívia.
A sugestão foi certeira e a menina foi conquistando medalhas e vendo as oportunidades surgirem por meio do esporte. “Fiquei muito empolgada sobre como o vôlei abriria portas na minha vida, fazendo algo que eu amava. Os resultados dessa decisão foram os melhores da minha vida.
“Viajei, conheci pessoas incríveis, lugares maravilhosos, pude estudar em uma escola boa e até ser convocada para as seleções”, conta a atleta.
Com Rebeca Viana, foi diferente. A jovem se encantou pelo esporte ao ver a irmã jogando e quis começar a treinar.
As aulas aconteciam em Ceilândia, mas, apesar da vontade da menina, não existiam turmas para sua idade – entre 7 e 8 anos na época. Ela começou, então, a aprender com irmã e com o pai, que também sabia os fundamentos do vôlei.
“Depois de implorar muito, a técnica pediu para me ver, para ver se eu conseguia treinar. Quando ela viu a minha altura, falou que era para eu começar imediatamente, já que eu sempre fui muito alta pra minha idade”, conta Rebeca.
Depois de jogar em times escolares, Rebeca participou dos testes para a seleção do Distrito Federal e passou. Após os campeonatos de seleção, continuou jogando, tanto na quadra quanto na areia.
O bom desempenho de Rebeca e de Lívia acabou gerando propostas para times fora de Brasília. As duas foram para São Paulo para defender os times Pinheiros e Barueri.
A influência de Brasília
Seleção Brasileira Sub-19 na conquista da prata do Sul-Americano 2022
Atualmente, Lívia Lopes e Rebeca Viana moram em São Paulo e o destaque nos clubes também levou as meninas de Brasília para a Seleção Brasileira Sub-19. No ano passado, as atletas já haviam sido convocadas.
Neste ano, Rebeca seguiu nos treinamentos para defender o país no Campeonato Mundial, que acontece em agosto. Já Lívia preferiu focar no trabalho dentro do clube paulista.
Apesar de a convocação fazer parte de uma das metas das atletas, e ser uma grande conquista individual, tanto Lívia quanto Rebeca atribuem o êxito ao trabalho feito no Distrito Federal.
“Os professores sempre me apoiaram e viram em mim um futuro pro voleibol. Eles que impulsionaram minha paixão pelo vôlei e pelo primeiro contato com equipes de fora de Brasília”, diz Lívia.
Para Rebeca, Brasília foi responsável por dar uma boa base no esporte. “Todos os meus técnicos acreditavam muito no meu potencial, me dando um bom suporte. A Federação também ajudava em diversos fatores, desde a estrutura das competições até o auxílio com gastos para competir fora da cidade”, diz ela.
Para José Alves Bezerra, presidente da Federação de Vôlei do Distrito Federal, o incentivo nas categorias de base precisa ser um objetivo constante. “São as categorias de base que mantém o trabalho de alta performance no esporte”, explica.
“Para nós da Federação, é extremamente importante que o trabalho aconteça além das quadras. A Federação cria os meios para que os atletas consigam trilhar os próprios caminhos, somos o instrumento para que eles alcancem seus sonhos. Entretanto, independentemente se esses sonhos serão alcançados ou não, os trabalhos realizados nas categorias de base farão com que eles sejam grandes cidadãos”, diz José.
Para os novos atletas, Lívia Lopes e Rebeca Viana cravam a mesma dica: persistência.
“Estejam sempre preparados para o que vier, porque o sucesso vem quando o trabalho e a oportunidade se cruzam”, afirma Lívia.
Rebeca concorda: “Seu sucesso só depende de você. Continue, apesar dos momentos difíceis”.